





PROGRAMAÇÃO
O 10º Festival Kino Beat se desenrola ao longo de cinco meses, entre agosto e dezembro de 2025, com uma programação viva, conectando Porto Alegre e Liverpool. São instalações, shows, performances, filmes e residências artísticas que traçam um percurso de experimentação e imaginação coletiva. Confira abaixo os destaques e datas confirmadas:
AGOSTO
03 de agosto
Abertura do festival — Show Nicolas Jaar
Local: Bar Opinião (Rua José do Patrocínio, 834, Porto Alegre)
Abertura da casa: 18h | Show: 20h
O aclamado produtor e compositor Nicolas Jaar se apresentou pela primeira vez em Porto Alegre. Conhecido por sua sonoridade densa e experimental, Jaar traz ao palco o projeto Archivos de Radio Piedras, cruzando eletrônica, jazz, ambient e narrativas políticas em uma experiência.
02 a 16 de agosto
Residência artística Portos Conectados – Etapa Liverpool
Local: FACT (Liverpool, Reino Unido)
Primeira fase da residência internacional que conecta artistas do Brasil e do Reino Unido em um processo de criação híbrido e especulativo.
Artistas residentes: Dongni Liang, Sophie Rogers, Henrique Fagundes, Trojany.
SETEMBRO
23 DE SETEMBRO
Cosmopolíticas, Interferências e Reconciliações | Ciclos Formativos – APPH
Transmissão: www.youtube.com/@KinoBeatFestival
Atividade online, gratuita e sem inscrição prévia
Horário: 18h
Conversa com André Araujo, Emília Braz, Fernando Silva e Silva, Léo Tietboehl e Luísa Muccillo sobre cosmopolíticas e reconciliações possíveis entre diferentes mundos.
Nesta atividade de abertura da participação do GPEP no Festival Kino Beat, os membros do grupo de pesquisa apresentarão um vocabulário em comum/incomum para aproximar e distanciar as noções que guiam a atividade formativa. Com o conceito de “Cosmopolíticas”, enfatizamos a necessária coexistência de diferentes modos de pensamento frente aos problemas de nossa contemporaneidade. Para desfazer a expectativa puramente racional da ciência, a relacionamos à política, à arte e ao pensamento de cosmovisões menos ocidentalizadas e humanas.
Já “Interferências” enfatiza a forma como os limites entre estes campos são ultrapassados em um mundo que comporta em si muitos e outros mundos. Trata-se de entender que há muito da ciência em outros modos de pensamento tanto quanto outros modos de pensamento na ciência. Os aparentes limites são porosos, afetados, contaminados. Como reconciliar as complexas relações dessa coexistência entre diferentes modos de ver o mundo – ou, indo além, de diferentes mundos em um mesmo mundo?
“Reconciliar”, então, propõe um posicionamento que não seja passivo frente a tragédia ecológica vindoura; no lugar disso, cogita o movimento ao mesmo tempo pragmático e fabulativo de ensaiar outras sensibilidades, outras formas de produzir conhecimento e outras relações ontológicas com “paisagens arruinadas” – sem as quais não podemos pensar a continuidade da vida humana e não humana.
25 DE SETEMBRO
Fantasmas, máquinas e bichos: desafios cosmopolíticos | Ciclos Formativos – APPH
Transmissão: www.youtube.com/@KinoBeatFestival
Atividade online, gratuita e sem inscrição prévia
Horário: 19h
Conversa com Leandro Lima, André Araujo e Fernando Silva e Silva sobre imaginários tecnológicos e cosmopolíticos.
Nesta conversa com o artista Leandro Lima, vamos falar sobre como suas obras empregam diversas técnicas que confundem o orgânico e o inorgânico; presente, passado e futuro; o virtual e o material. Fernando Silva e Silva e André Araujo vão invocar os fantasmas, máquinas e bichos que circundam a obra de Lima para pensar os muitos desafios cosmopolíticos presentes nos encontros inesperados e impossíveis suscitados pelo artista. O que essas convergências podem nos revelar das distopias e utopias contidas em nosso presente? Como projetar no futuro aquilo que já desapereceu?
outubro
3 DE OUTUBRO
Performance Fantasma Boca
Local: Teatro Oficina Olga Reverbel (R. Riachuelo, 1089 – Centro Histórico, Porto Alegre)
Horário: 19h
Entrada gratuita. Reserva de ingressos pelo site do Theatro São Pedro.
Fantasma Boca é uma performance sonora e imersiva dos artistas Vivian Caccuri e Thiago Lanis. Utilizando apenas lábios, bocas e dentes, a dupla recria a paisagem sonora de uma floresta tropical: ruídos de aves, mamíferos e insetos, mas também do vento, das águas e de outros seres são reencenados a partir dos corpos dos performers. As sonoridades são gravadas, editadas e reproduzidas ao vivo, por meio de um sistema de som surround e loops, tecendo diversas camadas de uma cena noturna, que vai se transformando ao longo da performance.
4 DE OUTUBRO A 30 DE NOVEMBRO
Instalação Onírica ()
Local: MARGS (Praça da Alfândega, s/n, Porto Alegre)
Abertura: 04/10, 10h30
Entrada franca
Uma obra audiovisual que explora a dimensão dos sonhos, interpretando através de linguagens sintéticas a capacidade criativa da mente humana durante o sono. Através do uso de algoritmos capazes de traduzir conteúdo textual em imagens, Onírica ( ) traz contos de visões noturnas de volta ao domínio do visível, propondo novas reflexões sobre a relação entre humano e máquina, entre ferramenta e criador. O Fuse* é um grupo multidisciplinar de artistas baseado em Bolonha, na Itália.
7 DE OUTUBRO
Cuidar do Pluriverso: a Persistência dos Mundos | Ciclos Formativos – APPH
Transmissão: www.youtube.com/@KinoBeatFestival
Atividade online, gratuita e sem inscrição prévia
Horário: 17h
Conversa com Marisol de la Cadena, Alyne Costa e mediação de Fernando Silva e Silva sobre cosmopolíticas, pluriverso e encontros entre diferentes formas de saber.
A antropóloga Marisol de la Cadena e a filósofa Alyne Costa são expoentes do debate contemporâneo sobre cosmopolíticas, o encontro entre mundos e os conflitos e alianças entre saberes diversos. Nesta conversa, mediada por Fernando Silva e Silva, falaremos sobre as origens e limites da ideia de cosmopolítica, e os conceitos de pluriverso e mundificação. Levaremos em consideração não apenas os encontros entre mundos indígenas e não indígenas, mas também os muitos lugares onde esses choques ontológicos podem ser percebidos em nosso dia a dia, seja nas sobreposições entre disciplinas científicas diversas, ou quando levamos em consideração modos de vida animais ou mesmo inorgânicos.
9 a 23 DE OUTUBRO
Residência artística Portos Conectados – Etapa Porto Alegre
Local: Instituto Remanso e cidade de Porto Alegre
Entrada franca
Segunda etapa do projeto com artistas brasileiros e britânicos em imersão criativa. Artistas residentes: Dongni Liang, Sophie Rogers, Henrique Fagundes, Trojany.
9 DE OUTUBRO
Palestra com Anouk Focquier (Bélgica)
Cidades e Imaginação: uma conversa sobre a importância do fantástico para o homo urbanus
Local: Instituto Remanso (Porto Alegre)
Horário: 16h
Entrada franca
Inspirando-se em As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino, esta palestra examina o papel indispensável da imaginação na negociação das realidades da vida urbana. Em uma era dominada por lógicas neoliberais pragmáticas e orientadas a resultados, o espaço para a especulação e o pensamento imaginativo é sistematicamente restringido, apesar de ser uma condição fundamental para a experimentação e a liberdade humana. Ao traçar como a arte e a imaginação historicamente informaram, e continuam a moldar, visões de futuros urbanos, a palestra defende a recuperação do fantástico como uma lente através da qual a cidade contemporânea pode ser reimaginada.
23 DE OUTUBRO a 30 DE NOVEMBRO
Exposição resultado da residência Portos Conectados
Local: Galeria Augusto Meyer – Casa de Cultura Mario Quintana, 6º andar (Rua dos Andradas, 736, Porto Alegre)
Abertura: 23/10, 19h
Entrada franca
Mostra coletiva com obras desenvolvidas durante a residência em Porto Alegre e Liverpool. Artistas residentes: Dongni Liang, Sophie Rogers, Henrique Fagundes, Trojany.
De 30 de outubro a 30 de novembro
Light Gleaner – Instalação de Daems Van Remoortere (Bélgica)
Local: Sala Radamés Gnattali – Casa de Cultura Mario Quintana, 4º andar (Rua dos Andradas, 736, Porto Alegre)
Abertura: 30/10, 19h
Entrada franca
Light Gleaner [Colecionador de Luz] é uma jornada audiovisual através das estações, ciclos e movimentos cósmicos. A instalação entrelaça memórias, vulnerabilidade ecológica e cenários futuros em uma exploração poética de nossa relação com a Terra. Pelos movimentos terrestres, recolhemos sementes — portadoras de vida — como uma promessa silenciosa (ou lembrança) para outro tempo e outro lugar. Em um mundo em transformação, colecionar torna-se um ato de cuidado, resistência e esperança.
Daems van Remoortere é uma dupla de artistas belgas formada por Lena Daems (Berlaar, 1988) e Frederik Van Remoortere (Antuérpia, 1986). Lena Daems estudou fotografia e Frederik van Remoortere cursou In Situ na Real Academia de Belas Artes de Antuérpia. A dupla desenvolve sua obra em duas direções: trabalhos visuais autônomos, por um lado, e instalações multimídia em espaços públicos, por outro. Suas criações são multidisciplinares e ultrapassam as fronteiras entre teatro, cinema e artes visuais. O duo incorpora diferentes disciplinas em suas obras, como matemática, astronomia e física. Em seu trabalho, abordam temas relacionados ao espaço e, mais especificamente, ao campo de tensão entre o espaço público e o ambiente íntimo de uma pessoa. Observam o comportamento humano em um universo a partir de uma perspectiva voyeurística. O público costuma ser envolvido em suas produções, tornando-se ator ativo e necessário na obra.
https://daemsvanremoortere.be/about
De 30 de outubro a 30 de novembro
Light Gleaner – Instalação de Daems Van Remoortere (Bélgica)
Local: Sala Radamés Gnattali – Casa de Cultura Mario Quintana, 4º andar (Rua dos Andradas, 736, Porto Alegre)
Abertura: 30/10, 19h
Entrada franca
Light Gleaner [Colecionador de Luz] é uma jornada audiovisual através das estações, ciclos e movimentos cósmicos. A instalação entrelaça memórias, vulnerabilidade ecológica e cenários futuros em uma exploração poética de nossa relação com a Terra. Pelos movimentos terrestres, recolhemos sementes — portadoras de vida — como uma promessa silenciosa (ou lembrança) para outro tempo e outro lugar. Em um mundo em transformação, colecionar torna-se um ato de cuidado, resistência e esperança.
Daems van Remoortere é uma dupla de artistas belgas formada por Lena Daems (Berlaar, 1988) e Frederik Van Remoortere (Antuérpia, 1986). Lena Daems estudou fotografia e Frederik van Remoortere cursou In Situ na Real Academia de Belas Artes de Antuérpia. A dupla desenvolve sua obra em duas direções: trabalhos visuais autônomos, por um lado, e instalações multimídia em espaços públicos, por outro. Suas criações são multidisciplinares e ultrapassam as fronteiras entre teatro, cinema e artes visuais. O duo incorpora diferentes disciplinas em suas obras, como matemática, astronomia e física. Em seu trabalho, abordam temas relacionados ao espaço e, mais especificamente, ao campo de tensão entre o espaço público e o ambiente íntimo de uma pessoa. Observam o comportamento humano em um universo a partir de uma perspectiva voyeurística. O público costuma ser envolvido em suas produções, tornando-se ator ativo e necessário na obra.
https://daemsvanremoortere.be/about
NOVEMBRO
14 DE NOVEMBRO
Um Outro Filme de BR
Local: Instituto Ling (Rua João Caetano, 440, Porto Alegre)
Horário: 20h
Entrada franca
Um Outro Filme de BR se caracteriza como uma performance audiovisual inédita que integra a programação da 10a Edição do Festival Kino Beat. A performance tem como base a reutilização de imagens e recortes do material sonoro e visual utilizados na produção do documentário Um Filme de BR, dirigido e concebido por Wender Zanon. A proposta performática desenvolvida pelos artistas Fabiano Gummo e Marcelo Armani tem como objetivo praticar intervenções com a edição e o emprego de efeitos digitais e analógicos sobre o material original disponibilizado por Zanon.
DE 14 DE NOVEMBRO A 14 DE DEZEMBRO
Feraluz: Instalação na fachada do Instituto Ling – Leandro Lima
Local: Instituto Ling (Rua João Caetano, 440, Porto Alegre)
Abertura: 14/11, 20h
Entrada franca
A instalação “Feraluz”, de Leandro Lima, transforma a fachada do Instituto Ling em um território de passagem entre arquitetura e natureza. As janelas, em sua transparência, deixam-se habitar por um jardim que se expande em texturas e sombras, onde o ornamental se converte em selvagem e envolve o edifício como uma pele viva.
A mata redesenha o rigor geométrico da construção, contrapondo sua matemática precisa ao emaranhado orgânico do acaso. Criaturas invisíveis — aquelas que escavam túneis e redes subterrâneas — tornam-se presença sugerida, revelando uma paisagem que normalmente escapa ao olhar, mas que sustenta o equilíbrio do todo.
Nesse jogo de dentro e fora, luz e sombra, a arquitetura é reconfigurada. As imagens projetadas pelas plantas distorcem, recortam e colorem os espaços, acompanhando o movimento do sol durante o dia ou se reinventando com projeções artificiais ao cair da noite. Como se cada fragmento luminoso fosse uma linha de energia que escreve, continuamente, uma nova forma de habitar o espaço.
Site do artista: https://aagua.net/
15, 16 e 18 de novembro
Mostra Cine Esquema Novo e Kino Beat: Mundificação
Local: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085, Porto Alegre)
Entrada franca
Sábado 15/11
19h – sessão especial de abertura
Domingo 16/11
Sessões às 15h, 17h e 19h
Terça 18/11
Sessões às 15h, 17h e 19h (sessão especial de encerramento)
Fruto de uma parceria entre Cine Esquema Novo e Kino Beat, a Mostra CEN + Kino Beat: Mundificação, é parte integrante do projeto – Portos Conectados: Construindo Mundos Digitais e Encontros em Porto Alegre e Liverpool – composta também por uma residência artística e uma publicação online.
O projeto parte de uma reflexão inicial sobre o que pode ser identificado como a principal afinidade entre Porto Alegre e Liverpool: sua condição portuária. Ainda que os portos hoje não tenham a mesma centralidade de outrora, as cidades se projetaram para o mundo, cada uma à sua maneira, e com implicações urbanas, sociais e ecológicas profundas, através desses espaços. paços, acompanhando o movimento do sol durante o dia ou se reinventando com projeções artificiais ao cair da noite. Como se cada fragmento luminoso fosse uma linha de energia que escreve, continuamente, uma nova forma de habitar o espaço.
22 de novembro
Palco Petrobras: Ocupação do Clube do Comércio – Encerramento do Festival
Local: Clube do Comércio – Palco/Salão Petrobras (Rua dos Andradas, 1085, Porto Alegre)
Entrada franca
Evento festivo com apresentações musicais e performances sonoras.
Line-up: Kokoko! (Congo), Omoloko e Kabulom, Batida de Fruta (Pedro Cassel e Viridiana), Loua Paco e Felipe Merkel, Tom Nudes, Roger Canal, Raquel Krügel, Betamaxers.