OEC – Observatório Estético do Clima (Exposição)

Especialmente para o Kino Beat 15 anos, o coletivo desenvolveu a série de obras chamada OBSERVATÓRIO ESTÉTICO DO CLIMA (OEC).

OEC é uma série de obras idealizada especialmente para o Kino Beat 2024, que visa criar e aplicar modos materiais e audiovisuais de representação para as mudanças climáticas agenciadas pelo Antropoceno.

Em OEC, o coletivo Animal Autotune se propõe a fazer a ponte entre 1) a arte contemporânea, operada por som, vídeo e outros materiais físicos; 2) dados científicos que registram historicamente temperatura, quantidade de chuvas,velocidade dos ventos e outros eventuais dados climáticos; e 3) contextos políticos, dinâmicas existenciais e eventos históricos.

Sendo assim, o objetivo central dessa proposta é evidenciar a relação das mudanças climáticas com os modos de vida na Terra, demonstrando como a aceleração produtiva é uma dinâmica humanista destrutiva ao planeta e como existem modos existenciais mais alinhados à preservação e desenvolvimento de um ecossistema diverso, multiespécie e multiculturalista.

ANIMAL AUTOTUNE

Formado por Mario Arruda e Filipi Filippo, o coletivo Animal Autotune opera enquanto plataforma de pesquisa, criação e execução de obras audiovisuais e instalativas. Tem como foco temático central a relação das sonoridades, visualidades e outras materialidades estéticas com as tecnologias de produção e seus efeitos produtivos e destrutivos, que compõem tanto a arte contemporânea quanto as forças do Antropoceno.

Mario Arruda

Mario Arruda é artista, produtor musical e pesquisador. Atua principalmente no entrecruzamento do música e das abordagens sonoras experimentais em projetos como Supervão e Animal Autotune, além de desenvolver projetos de outros artistas, que transitam entre o indie, a MPB, o trap e o minimal house. Enquanto produtor musical, trabalha como diretor artístico, beatmaker e engenheiro de mixagem e masterização no selo Frase Records. Trabalha com trilha sonora para cinema e publicidade. É professor no curso Superior de Tecnologia: Produção Fonográfica na Unisinos e é doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRGS com a tese “O ato de criação no plano da música pop”.

É um dos organizadores da Conferência Internacional de Pesquisa em Sonoridades (CIPS), integra o Grupo de Pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação (GPESC), o Grupo de Estudos de Imagem, Sonoridades e Tecnologias (GEIST) e o
SemSono (Semiótica e Sonoridades).

E-mail: marioarruds@gmail.com

Filipi Filippo

Filipi Filippo é artista visual, músico e designer. Seus trabalhos situam-se entre o orgânico e o digital, onde explora relações e influências entre os dois meios. Em 2016 e 2017 participou da primeira e segunda edições da The Wrong, Bienal de Arte Digital, e em 2018 participou da exposição coletiva “Anda” junto da Feira Plana na Cinemateca Brasileira, e apresentou a exposição individual “Renascer” na Galeria Prego em Porto Alegre.

Atua desde o ínicio da sua trajetória na criação de capas, posters e vídeo que traduzem trabalhos
de músicos e bandas como Don L, Nego Gallo, Rico Dalasam, Supervão e Baiana System. Em 2017 participou com a editora Meli-Melo, da The Tokyo Art Fair, em Tóquio, Japão.