Mostra Kino Beat de Filmes

Abertura: 15.11, 18h (Com djs – Coletivo Turmalina)
Encerramento: 22.11 (Com djs – Festa Alfinete)
Local: Cinemateca Capitólio

R. Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico, Porto Alegre – RS

Programação Especial

  • Discotecagem na abertura da mostra dia, 15/11, a partir das 18h até às 22h, com os DJs ELL P (Felix do Coletivo Turmalina)
  • Discotecagem no encerramento da mostra, dia 22/11, 21h – até 00h, com as DJs LuizaPads e Viridiana (Festa Alfinete)

Programação de Filmes

15 de novembro (sexta-feira)

20h – Terror Mandelão 

Brasil, 2024, 75 minutos

Direção: Felipe Larozza e GG Albuquerque

Terror Mandelão aborda o som, a tecnologia e o mercado de trabalho dos bailes funk das quebradas de São Paulo. O filme acompanha a caminhada do DJ K, um dos principais DJs do Baile do Helipa, a maior favela da cidade, e seu amigo MC Zero K, que emplacou o seu primeiro hit da vida após dez anos insistindo na carreira. Combinando narrativas de documentário, elementos ficcionais e experimentação visual, o longa mostra os altos e baixos enfrentados pelos jovens na luta para viver da sua música.

16 de novembro (sábado)

15h – Ostinato 

Brasil, 2021, 56 minutos, DCP

Direção: Paula Gaitán

Documentário sobre o processo criativo do compositor e músico Arrigo Barnabé.

16h30 – Sutis Interferências 

Brasil, 2015, 87 minutos, DCP

Direção: Paula Gaitán

Estudos sobre o som a partir da obra do músico Arto Lindsay e a relação do corpo/câmera com a música. O filme discute a arte de forma tão lírica quanto o próprio trabalho do artista.

17 de novembro (domingo)

15h – A Loucura do Ritmo

(Beat Street)

Estados Unidos, 1984, 105 minutos, digital

Direção: Stan Lathan

O rapper e DJ Kenny Kirkland conhece a refinada compositora de jazz e coreógrafa Tracy Carlson. Logo depois, ele fica tão inspirado por sua dedicação que promete usar seu próprio talento para fugir do gueto.

17h – A Festa Nunca Termina

(24 Hour Party People)

Reino Unido, 2002, 117 minutos, digital

Direção: Michael Winterbottom

Em 1976, Tony Wilson, um repórter em Manchester, Inglaterra, organiza festas em clubes locais para lançar bandas independentes. Com o sucesso, torna-se empresário musical, abrindo a lendária gravadora Factory e muda o cenário musical da época.

 

19h30 – Nascidas em Chamas

(Born in Flames)

Estados Unidos, 1983, 80 minutos, DCP

Direção: Lizzie Borden

 

Em Nova York, após 10 anos da “guerra de libertação social-democrática”, dois grupos feministas usam uma rádio como meio de propagação de ideias e de luta. Preservado pelo Anthology Film Archives com restauração financiada pela Hollywood Foreign Press Association e Film Foundation.

19 de novembro (terça-feira)

19h – Noite 

Brasil, 2015, 87 minutos, DCP

Direção: Paula Gaitán 

“Porque a noite pertence aos amantes. Porque a noite pertence à luxúria. Porque a noite pertence aos amantes. Porque a noite pertence a nós.” (Patti Smith)

20 de novembro (quarta-feira)

19h – É Rocha e Rio, Negro Leo 

Brasil, 2020, 157 minutos, DCP

Direção: Paula Gaitán 

Um encontro com o músico, compositor, poeta, sociólogo e pensador Negro Léo.

21 de novembro (quinta-feira)

19h – Udigrudi Pernambucano: Super-8 de Katia Mesel + A Noite do Espantalho 

Itamaravilha

Brasil, 1973, 7 minutos, DCP

Direção: Katia Mesel

Paêbirú

Brasil, 1975, 7 minutos, DCP

Direção: Katia Mesel

Dois filmes de Katia Mesel em Super-8 realizados no período do Udigrudi Pernambucano, com a participação de Lula Côrtes e Zé Ramalho, criadores do mítico disco Pâebirú. Os filmes foram digitalizados em 2k como parte do projeto Digitalização Viajante, criado pela Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros e Associação Brasileira de Preservação Audiovisual. 

A Noite do Espantalho

Brasil, 1974, 92 minutos, DCP

Direção: Sergio Ricardo

Cordel musical dirigido por Sérgio Ricardo, protagonizado por Alceu Valença, com a participação de nomes importantes do udigrudi musical pernambucano, como Lula Côrtes, Kátia Mesel e Geraldo Azevedo. O dragão vem comprar as terras do coronel, mas a quer sem os camponeses. A resistência só deixa uma saída: o extermínio, que fica a cargo dos jagunços do Coronel.

22 de novembro (sexta-feira)

19h30 – Projeto Raros: Cidade Explosiva

(Bakuretsu toshi) 

Japão, 1982, 112 minutos, digital

Direção: Sogo Ishii 

Em um terreno baldio industrial em algum lugar nos arredores de Tóquio, duas bandas punks rivais e suas multidões de fãs indisciplinados se reúnem para um protesto no estilo Battle of the Bands contra a construção de uma usina nuclear. Lá, eles enfrentam os industriais yakuza que estão por trás do empreendimento. O filme serviu como vitrine para importantes bandas da cena underground, como The Roosters, The Rockers e The Stalin, colocando nas telas do país o universo do punk rock japonês entre meados da década de 1970 e início da década de 1980.

23h59 – Stop Making Sense

Estados Unidos, 1984, 88 minutos, DCP

Direção: Jonathan Demme

O diretor Jonathan Demme captura a energia visceral da banda americana Talking Heads durante um show no Hollywood Pantages Theatre, em 1983. O grupo toca sucessos como “Psycho Killer”, “Take Me to the River” e “Once in a Lifetime”.

Sobre a Cinemateca Capitólio

Inaugurada em 2015, a Cinemateca Capitólio é um espaço cultural ligado à Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre que tem como função principal a preservação, o armazenamento e a difusão da memória do cinema e do audiovisual do Rio Grande do Sul.

A conclusão das obras da Cinemateca Capitólio representou um momento histórico na vida cultural de Porto Alegre. Iniciado há mais de uma década, o longo e complexo processo de restauração do Cine-Theatro Capitólio, uma das mais luxuosas salas de cinema da cidade, além de recuperar a vocação original do espaço como sala de exibição, também teve o objetivo de transformar o prédio em um local destinado à preservação da memória audiovisual do Rio Grande do Sul.

Sobre Leonardo Bomfim, curador da mostra

Leoonardo Bomfim

Leonardo Bomfim é programador da Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, desde 2015. Foi programador da sala de cinema P. F. Gastal, na mesma cidade, entre 2013 e 2017. Realizou trabalhos de programação para os festivais de Gramado, Brasília e Olhar de Cinema. Desde 2012 é um dos editores do Zinematógrafo, fanzine de crítica de cinema.

Sobre o Coletivo Turmalina

O coletivo Turmalina, de Porto Alegre, trabalha com expressões artísticas no campo visual e sonoro, propostas pela ótica das populações negras.

Compreendendo culturas de raízes africanas em geral como ferramenta de afirmação da identidade de um povo, aqui, coloca-se em evidência a musicalidade enquanto mecanismo de resistência social, como resposta à marginalização, apropriação e apagamento de uma história.

A principal ferramenta dessa revolução é a música, que, ao unir diferentes formas de produção e pesquisa, diferentes tecnologias e narrativas do povo preto, propaga o desejo de movimentar estruturas dominantes e sugere a inversão dessa pirâmide criativa.

Elle P

Elle P é DJ, cantora e compositora. Natural de Porto Alegre, Rio Grande Do Sul e integrante do Coletivo Turmalina. A gatinha é ritmada e não é segredo pra ninguém! Com uma forte presença na cena artística local desde 2020, e pouco mais de um ano na discotecagem, a artista vem se destacando com suas apresentações que exaltam a cultura negra, brasileira e LGBTQIAPN+. Trazendo o futuro, a ancestralidade e o pertencimento para o território de pista; com foco em vozes femininas e periféricas. Fazendo jus ao alter ego de Miss Versátil, em seus sets mistura sonoridades afrodiaspóricas/urbanas/eletrônicas. Como: Amapiano, Afrobeats, Afro House, Chill Baile, Dnb, Garage, House, Pagode, Pagodão Baiano, Funk e Rap. Neta de DJ e multiartista, sempre carregou consigo o sonho de comandar as pick-ups; Mas seu primeiro contato com a discotecagem foi no ano de 2021, em oficinas do Coletivo Turmalina (RS); formado por artistas negres que se potencializam através da produção, criação e pesquisa de música eletrônica. Já se apresentou em grandes e diversos lugares, como o Palco Bronx do Festival Rap In Cena 2023, Virada Sustentável de Poa, lançamento do festival Avante, Museu Da Cultura Hip Hop RS, Programa HipHop TVE, Boom Rap, Coletivo Plano, Savage, Savannah, Ksa Centro, Baile Panca (SM), Gama (URG), Baile Das Minas (PEL), e teve um set gravado pela Rádio Senso (NH). Também esteve em lines com nomes de peso como DJ Mu540, Deekapz, Th4ys, JLZ, DJ Patife, ANTCONSTANTINO, Evehive, DJ Brum, Suelen Mesmo e muitos outros.

Felix

Felix é um produtor musical, multi-instrumentista e DJ de Porto Alegre, Brasil. Participa da cena cultural de Porto Alegre desde 2014 e é co-fundador do Coletivo Turmalina. Em 2019 lançou o seu primeiro EP “Oito ou Oitenta”, que desde então tem recebido aclamação na cena de música eletrônica underground. Desde então, lançou 3 EP’s: “Untitled”, “Rave Funk” e o seu primeiro projecto no estrangeiro “Drilling Company”, lançado pela label de berlin Spec Records. Em Abril de 2023 lançou seu primeiro vinil “TRANQUILIZER” na label Londrina Mutual Pleasures, gerenciada por Partiboi69. Durante a pandemia do COVID-19 fez o seu primeiro trabalho de trilha sonora no documentário “Caleidoscópio: Histórias LGBTQIA+ do Rio Grande do Sul”, documentário produzido pela UFRGS.

Sobre a Festa Alfinete

Alfinete é uma criação da DJ e produtora multimídia luizapads em parceria com a outrahora rec. e com a produtora cultural Ofá. Acontece como festa itinerante em Porto Alegre desde março de 2024. Cada lineup é único, proporcionando atmosferas diferentes a cada edição, além de explorar diferentes conceitos, o que possibilita enriquecer a narrativa. Alguns dos estilos mais explorados nas edições foram house, waves, IDM, bubblegum bass, hyperpop e drum n’ bass.

LuizaPads

LuizaPads. Luiza Padilha (Porto Alegre, 1993) é artista, designer e produtora multimídia. Sob a alcunha de luizapads, desdobra seu trabalho entre o áudio, o visual e o operacional. É tecnóloga em produção multimídia (2018), formada pelo SENAC-RS. Como designer autônoma, já trabalhou junto de artistas como Crumb, Maurício Pereira, Arthur de Faria, Nina Nicolaiewsky, Nacho Rodriguez, Miri Brock, Pedro Petracco, Paola Kirst, Bel Medula, Viridiana, Filipi Filippo, entre outros. Na área sonora, é DJ atuante da cidade de Porto Alegre. É a idealizadora e uma das produtoras da festa Alfinete, e foi co-idealizadora e produtora da festa Fita Dupla. Produziu as bandas Cardamomo e Inquilinas e já desenvolveu produções junto do trio instrumental Pata de Elefante. Fez parte da equipe de produção de shows de artistas como Maurício Pereira e Tonho Penhasco, Pedro Cassel, Inquilinas, Valentin, Irmão Victor, Thays Prado, Quarto Sensorial e KIAI Grupo. Foi integrante do coletivo OCorre Lab de 2021 até 2024, e integrou o coletivo Pedra Redonda no ano de 2019. Em 2020, idealizou o projeto “Another Green World Revisitado”, celebrando o aniversário de 45 anos do álbum seminal do músico e produtor inglês Brian Eno. O álbum contou com a masterização de Fu_k The Zeitgeist e contou com a colaboração de diferentes artistas da atual cena musical do Rio Grande do Sul. Além disso, também foi criado um episódio do podcast Bons Albo para falar sobre o projeto e sobre o álbum original.

Viridiana

Viridiana é produtora musical, performer e artista multimeios de Porto Alegre/RS. Com 26 anos, ela narra, por meio de suas canções eletrônicas, sua vivência como travesti hoje. Em 2020, foi uma das artistas selecionadas pelo Edital Natura Musical, pelo qual lançou seu primeiro disco, Transfusão. O projeto, cuja equipe contava com uma iniciativa de inclusão e empregabilidade trans, entregou também 3 videoclipes e 1 show virtual, todos disponíveis gratuitamente no canal do YouTube de Viridiana. Em 2023, ela prepara o terreno para o lançamento de seu próximo disco, com o single Pérolas de Plástico, cujo videoclipe ganhou destaque, integrando a programação de mostras, como a Mostra Queer View de Videoclipes LGBTQIA+ em São Paulo. Além disso, no mesmo ano, circulou por 11 cidades brasileiras na Turnê Tiranos de Plástico, tocando em palcos emblemáticos do país, como Audio Rebel, Infinu e Festival Vaca Amarela.