CLAC II – Circuito de Arte Contemporânea na América Latina

Abertura: 24 de outubro, 19h
Até 20 de dezembro
Casa Baka
Rua da República, 139, Porto Alegre
Visitação: sextas, das 14 às 18h.
Outros horários por agendamento via DM da Casa Baka
https://www.instagram.com/casa__baka/

O Circuito de Arte Contemporânea na América Latina (CLAC) é um projeto de exposição coletiva presencial desenvolvido no espaço independente Casa Baka. O CLAC teve sua primeira edição realizada entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, ocupando diversos espaços do edifício histórico da Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre. O I CLAC contou com a participação de mais de 30 artistas, incluindo duplas e coletivos do Brasil, México, Peru, Argentina e Colômbia, que tiveram seus trabalhos reunidos na exposição (des)territórios e (des)identidades, sob curadoria de Charlene Cabral e Diego Groisman. Em 2023, uma versão digital do CLAC foi lançada (clac-online.com), apresentando a exposição Espaço Mítico Natural, formada por trabalhos especialmente comissionados para o ambiente web. Na plataforma, também pode ser feito o download gratuito do catálogo da primeira edição (https://drive.google.com/file/d/1JNP2OS4F-t8UXrlc6ZzGKPLL1QRo9MB1/view).

Sua curadoria está focada na produção de artistas visuais contemporâneos ocupados em tensionar lógicas exploratórias instituídas no vasto e heterogêneo território da América Latina, promovendo poéticas de desestabilização colonial. A segunda edição do CLAC, na qual a escolha dos artistas participantes se dará inteiramente por pesquisa curatorial, seguida de convite, de modo a buscar uma ainda maior representatividade regional dentro do Brasil, e também internacional, alcançando mais países da latino-américa. Para a mostra presencial, serão chamados artistas que trabalham nas cinco regiões do Brasil, com obras em formatos e mídias diversas, como vídeo, fotografia, pintura, instalação, objeto, livro de artista, publicação, escultura, performance, entre outras possibilidades. A temática do II CLAC está centrada no conceito de otredad. A partir dele serão desdobradas possibilidades de encontros entre diferentes origens, vivências e lugares de consciência, produzindo relação de convivência e de complexidade, de modo a permitir a abertura de brechas para que o dissenso se manifeste. Mas o dissenso aqui entendido como potência de avanço em discussões anticoloniais, se distanciando de uma compreensão polarizadora.

Pensamos que uma forma de avançar nas discussões atuais – que só estão sendo possíveis hoje pelo intenso trabalho de tensionamento e resistência que vem sendo sistematicamente realizado, ao longo dos séculos de exploração e expropriação colonial, por diferentes minorias, e em distintas escalas e formas – passa por não pretender ignorar as contradições e disputas que ocorrem nas fronteiras entre esses mesmos grupos. Assumir que no sistema da arte essas situações acontecem tanto quanto em outros sistemas, e que é possível propiciar o debate também através da curadoria, é algo que nos interessa sobremaneira.

Artistas

Bárbara Macedo + Marta Neves
Daniel Jablonski
Denilson Baniwa
Diego Castro
Enrique Ramirez (Chile)
Júlia Milward
Minerva Cuevas (México)
Sergio Pinzón (Colômbia)

Sobre a Casa Baka

Casa Baka é um espaço gestionado de forma independente, com recursos próprios e sem fins lucrativos, voltado às artes visuais em uma compreensão expandida, com especial interesse nos atravessamentos possíveis entre linguagens e modos de fazer contemporâneos. Propostas expositivas se entrelaçam a projetos educativos, debates, celebrações, oficinas, cursos, mostras-relâmpago, pequenos shows de música, ensaios, residências, entre outras situações que vêm fazendo da Casa um espaço ativo dentro da comunidade artística, dentro do qual diferentes agentes têm a possibilidade de desenvolver, exercitar e expôr sua produção. Sob a direção do pesquisador, curador e produtor Diego Groisman desde 2004, a Casa Baka passou por uma reestruturação de sua programação em 2016, passando a ter como pilar a arte contemporânea.

Desde então, o espaço vem sendo gradativamente adequado para receber exposições, aulas e outras ocupações artísticas. Como reconhecimento, a Casa foi indicada ao Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria Instituição por dois anos consecutivos (2019 e 2020), além de ter sediado dois projetos ganhadores do mesmo prêmio, desta vez na categoria Exposição Coletiva, nos anos 2020 e 2021. Diego Groisman, diretor do espaço, recebeu o Prêmio Açorianos Jovem Curador em 2019 e Charlene Cabral, curadora associada, a mesma premiação em 2018. O Prêmio Açorianos é oferecido anualmente pela Secretaria da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre e é considerado o mais importante da cena local.